Thursday 22 October 2015

A vida é feita de recomeços...

Oi. Esse é o primeiro post desse blog e não sei bem o que escrever. O que na verdade é bem curioso se considerarmos que não é meu primeiro blog. Já passei muitos anos escrevendo em blogs anamia, contando minha história e buscando ajuda. Nos último ano andei afastada desse universo, buscando recuperação. Infelizmente, com o tratamento, vieram também 20kgs a mais para o meu peso e eu não consigo aceita-los. De maneira nenhuma.
Por isso estou aqui de novo.
Sabe meninas, é estranho, mas reconfortante. É como se esse blog representasse um espaço só meu num universo que quase ninguém ao meu redor compreende. Mas eu sei que vocês sim. Vocês vão me acolher e me entender, porque é isso que nós, irmãs de asa, todas borboletas (ou libélulas) fazemos. Nos acolhemos e nos cuidamos.
Engraçado também pensar que a comunidade que mais me senti parte e mais me cuidou foi a comunidade anamia.
Do jeito que falo parece romantizar a coisa toda... Não é. Sei que anorexia é uma doença ingrata que me causa sofrimento constante. Mas decidi-me por aceita-la e por abraça-la ao invés de continuar numa batalha que eu nunca venceria.
Hoje foi meu último dia comendo "normal".
Amanhã começo uma dieta restritiva (que ainda não escolhi mas mais tarde edito o post para colocar a escolhida... Talvez a do leite?) e de emergência!
Aceito dicas, inclusive. As vezes não me lembro mais dos truques de emergência que toda Ana deveria saber.
Se puderem me indiquem blogs legais também!
Um beijão da Libélula.



1 comment:

Anonymous said...

Sou daqueles que acredita que a saúde é mais importante. Cuidar da segurança e saúde é mais importante do que preocupar-se com a aparência. Vejo o peso, altura e as vestimentas ou jóias como coisas superficiais. E estou longe de entender o que faz uma pessoa dedicar-se à fazer mal à si mesma em prol do corpo que após a morte ela certamente terá.

Porém.

Assim como tenho liberdade em minha vida para fazer minhas próprias escolhas, dou aos outros a mesma liberdade. Não cabe a mim elaborar longos discursos, ou mesmo incentivar à essa prática. Me mantenho na neutralidade quando digo que: "Não concordo, mas cabe á você decidir." Só devemos dar ajuda à quem a deseja. Se alguém se sente feliz com a forma em que vive e aceita isso como parte de si, então que assim seja! Que não importe os perigos, essa libélula possa voar até onde desejar, sabendo que sua vida foi vivida de forma completa.

Sou contra toda hipocrisia dos futuros comentários, e apoio o blog da Libélula. Que seja registrado aqui cada passo, e que isso não incentive adolescentes sem cérebro a seguirem por modismo. Como dito, isso é uma doença, não algo que deve ser desejado. E à quem está com resposta ao tratamento, façam a gentileza de continuar. Aceitar uma doença é na verdade, aceitar a falta de uma cura. E apesar de ser à favor do blog e da atitude da autora que escolheu a aceitação em vez de sentir-se mal pelo que faz, não concordo com a desistência se ainda há chances de cura. Afinal, para mim.. Saúde em primeiro lugar.

Não importa o quão controverso pareça.